Houve muita controvérsia em torno da ideia de um Aprendiz com Digital Influencers. Afinal, o nicho de fãs do programa realmente estava ansiando por uma nova versão com anônimos depois do foco quase puro em entretenimento da temporada com celebridades.
Há quem veja os Influencers como uma nova versão de Celebridades. Afinal, eles dependem bastante da imagem que passam para os fãs para sustentar seus views e likes nas redes sociais, e por isso podem ter medo de ser muito incisivos e acabarem mal vistos pelo público. O risco seria uma temporada incapaz de produzir os Henriques e Maytês da vida, personagens conhecidos por serem forças irrefreáveis e por sua capacidade de cortar quantas cabeças fossem necessárias para sobreviver a uma sala de reunião.
Há lógica por trás dessa ideia. Porém, vou arriscar dizer que o elenco de Digital Influencers é uma ideia absolutamente genial. Em suas últimas temporadas, estava claro que o Aprendiz precisava de uma reformulação geral do formato, pois havia caído na mesmice em um mercado que, diante do crescimento dos streamings, prezava cada vez mais por inovação. A temporada Celebridades foi um passo em busca dessa reformulação do formato, mas parece não ter sido suficiente.
A nova era se consolidou, a TV entrou em declínio, e nada mais inteligente do que transformar nosso reality favorito em uma competição de empreendedores digitais. O mais interessante nessa ideia é que, ao mesmo tempo em que essas pessoas são "celebridades" em algum nível, quase nenhum é realmente conhecido do grande público, sendo pessoas renomadas em um nicho específico, mas ainda soando como anônimos para boa parte do Brasil.
Essa mistura tem potencial para nos entregar uma temporada séria e focada no mundo dos negócios - com foco maior do que nunca no mundo digital e na inovação -, mas, ao mesmo tempo, trazer um pouco do entretenimento que tanto nos divertiu quando assistimos às celebridades. Unindo o melhor dos dois mundos e trazendo finalmente o programa para a era da informação, acredito que a temporada tem todos os ingredientes para ser incrível!
Mas, afinal, o que o programa deve avaliar em sua nova fase? Que tipos de desafios podem testar a capacidade desse elenco no modelo de mídia digital dos negócios?
Acredito que desafios de engajamento de público vão dar bastante o tom da temporada, visto que é o que eles fazem melhor. A ideia de vídeos virais, que costumam flopar muito nas versões tradicionais do programa, aqui tem potencial para gerar material realmente interessante e capaz de nos dar verdadeiras aulas de negócios digitais.
Quanto a torcidas, sou do time de não ir com muita sede ao pote. Os números podem impressionar, pois é claro que os milhões de seguidores de PC Siqueira causam um impacto inicial maior que as "poucas" centenas de Julia Mendonça (alguém em quem, aliás, estarei de olho por ser um nome da minha área de atuação). E espero que o programa não defina suas demissões com base nesses números, associando-os a uma possível atração de audiência. Não creio que será o caso, e por isso acho que também não devemos seguir essa linha de raciocínio. O número de seguidores é um indicador de sucesso, claro, mas muitas vezes o público de alguns participantes representa faz parte de um nicho específico. É claro que um Influencer que se pauta em moda masculina vai ter menos seguidores do que uma influencer que dá dicas de maquiagem. São mercados diferentes, e precisamos compreender todo o contexto antes de comparar o elenco usando apenas números absolutos.
No mais, sigo bastante empolgado com a temporada. Simpatizei com o elenco e vejo potencial de good TV pela frente, desta vez sem deixar de lado as lições de empreendedorismo que sempre prezamos.
E vocês? Gostaram do elenco? O que pode definir suas torcidas? Deixem suas opiniões nos comentários, e seguimos nos falando até a estreia! Um abraço!